terça-feira, 6 de março de 2012

Filme : Still Crazy (Ainda Muito Loucos) - Uma Chama Imortal... - Por Luiz Domingues



Imagine uma banda de Rock setentista, daquelas tantas que nessa época apresentavam em seu trabalho, a qualidade técnica, como um modus operandi talento inconteste e a viver um bom momento na carreira, no auge daquela década de 1970. Imagine que esteja a um degrau, apenas, para deslanchar na carreira, e mesmo ao lidar com os seus problemas internos, eis que tal grupo perde o bonde da história, por um mero acidente meteorológico. Pois bem, essa é a história da banda fictícia, "Strange Fruit", retratada no ótimo longa-metragem, "Still Crazy", batizado como: "Ainda Muito Loucos", na versão brasileira.
A ideia do filme, foi dessa forma, traçar paralelos distintos, com a banda a viver esse momento bom na carreira ao longo dos anos setenta, e sobretudo, como deu-se a sua incrível derrocada nessa fase, contudo, principalmente a exibir a sua tentativa em reestruturar-se ao final da década de noventa, portanto a enfrentar outros problemas diferentes sob um outro contexto. Essa visão sobre como os seus membros, envelhecidos e desatualizados do mercado (que passara por mudanças estéticas reiteradas vezes ao longo dos anos), é o grande mote do filme, e digo antecipadamente, que essa meta foi atingida com muitos méritos, nesta película.
Ao pensar-se que no mundo do Rock, música Pop em geral (e sobretudo em termos das estratégias adotadas por empresários, indústria fonográfica e agentes midiáticos), é regido por um tipo de funcionamento volátil e devidamente calculado para ser proposital, por motivações escusas, é preciso salientar isso, esse filme mostra com muita propriedade essa dramática situação vivida por um tipo de artista que vê-se completamente desatualizado no cenário, mas que por outro lado, revela-se absolutamente isento de culpa nesse processo. Pois é nessa prerrogativa que o filme alinhavou o seu roteiro e assim, ao longo da história, mostra-se muitas nuances a explicar muito bem essa situação.
Nessas condições, não há nada de errado em sua música, pois muito pelo contrário, o seu valor artístico é irrefutável. O que ocorre então, é que há uma crueldade institucional na maneira com a qual a música em geral é manipulada para ser usada como um mero joguete comercial e daí a questão da arte ser tratada sempre com desdém da parte de quem apenas a enxerga como um produto de alto consumo perecível.
Dessa forma, explicado o seu caráter institucional, passo a narrar o filme em sua história. A trama começa com o "Strange Fruit" a tocar em 1977, no Wisbech Rock Festival, no Reino Unido. No momento em que a banda vai iniciar a sua apresentação, está a ameaçar-se a incidência de uma grande tempestade e sob um momento marcado pelo extremo azar, algo inusitado ocorre, na forma de um raio que atinge o palco e provoca curto-circuito em todo o equipamento da banda, com a apresentação ainda em seu início. Furiosos, os artistas saem do palco e a banda encerra as suas atividades, pois, com o perdão pela metáfora, aquilo fora a gota d'água a marcar a frustração por ter perdido a sua grande chance na carreira. Claro, denota-se que uma série de problemas pregressos estiveram em processo de acumulação continua e não foi por tal intempérie tão somente que a banda chegou em seu rompimento.

Corte brusco, e agora, vinte anos depois, o ambiente é o do final dos anos noventa. O tecladista do Strange Fruit (Tony Costello, interpretado por Stephen Rea), sobrevive como um vendedor de preservativos, vendidos para abastecer lojas de conveniência instaladas em postos de gasolina. Eis que ele é reconhecido fortuitamente por um dos organizadores do lendário festival, onde o Strange Fruit vivera o seu infortúnio nos anos setenta, e este produtor lhe diz que vai acontecer uma nova edição do tal festival, e por causa dessa oportunidade, gostaria que o Strange Fruit participasse, novamente, e se possível, com a sua formação clássica, que apresentara-se na edição dos anos setenta. 

Essa proposta completamente inesperada acende uma luz na mente do veterano tecladista, e daí, ele passa então a rastrear os antigos companheiros, para promover uma reunião da banda, em princípio, apenas para a realização dessa apresentação sazonal. Isso é mostrado a realçar que o tecladista, Costello, envergonhar-se em ter sido flagrado a vender preservativos para sobreviver e ao tentar disfarçar a sua má condição financeira atual e sobretudo pela completa distância que ele mantém da música profissional, há anos, por motivos alheios à sua vontade, já é uma realidade dura para quem chegou perto de solidificar uma carreira artística e perdera o bonde da história.
O baixista, Les Wickers (interpretado por Jimmy Nail), agora é um pai de família e trabalha como recatado carpinteiro. A princípio, ao ser abordado, ele resiste à ideia de voltar a atuar com a banda, no entanto, em seu íntimo, ele percebe que poderia ser a chance de um resgate. É bonita a cena dele pensativo, enquanto abre o case (estojo) de seu baixo, e cujo instrumento, ele não toca há muitos anos. Curiosamente, o instrumento fora guardado no sótão da casa, bem longe de sua vista, a denotar que o simples olhar para ele, machucava-lhe em termos sentimentais.
Logo a seguir, aparece a figura de Karen Knowles (interpretada por Juliet Aubrey), ex-namorada de Brian (o guitarrista da banda e que era irmão de Keith Lovell, o primeiro vocalista, e este morrera por excesso com as drogas ainda no início dos anos setenta). Agora, a trabalhar como gerente de um grande hotel, Karen percebe a oportunidade surgida em meio a uma eventual volta das atividades da banda e insere-se no contexto, como produtora dessa nova fase que poderia advir para o grupo. 
O próximo a ser encontrado, é o baterista, David "Beano" Baggot (interpretado por Timothy Spall, muito conhecido por suas participações nos filmes a retratar a saga do aprendiz de bruxo, nos filmes de Harry Potter). Ele agora cuida de uma pequena propriedade rural, mas vive atormentado, pois deve uma fortuna ao fisco britânico e por causa dessa falha de sua parte, teme a presença de uma estranha mulher que ronda a sua propriedade e que ele julga ser uma funcionária, fiscal da Receita Real. Então, Beano, não pensa duas vezes, portanto, para largar suas ferramentas rurais e voltar a comandar as baquetas do Strange Fruit. Ao final do filme, a identidade da tal mulher que persegue Beano revela-se finalmente e adianto, é algo hilário.
E o vocalista, Ray Simms (interpretando por Bill Nighy, famoso por ser o vampiro líder da trilogia: "Underground"), vive basicamente do aluguel de sua mansão (comprada na época do auge do Strange Fruit, a constituir-se em um típico excesso da parte de um Rock Star britânico setentista), que é alugada esporadicamente para festas particulares. Além de ser a única forma de renda com a qual ele pode contar, é também, veladamente, a maneira que encontrara para manter a aparência, ao tentar viver e portar-se como um Rock Star, e mediante tal postura irreal, dizer à todos, que está a gravar um disco solo, há anos, que na verdade não passa de uma mentira, ou em seu íntimo, uma mera vontade, apenas um sonho impossível, naquele momento. Como os integrantes já agrupados não conseguem encontrar o guitarrista da formação original, Brian Lovell, pois descobrem que ele se mudara para os Estados Unidos e doara todos os seus bens para a caridade, eles presumem que possivelmente Brian, estivesse morto.
O último elemento a ser encontrado, é o ex-roadie da banda, Hughie (interpretado pelo ator/comediante e músico, Billy Connoly), que torna-se um funcionário multifacetado na volta do Strange Fruit, ao assumir as funções como roadie, road manager e técnico de som. Com a ausência do mítico guitarrista, Brian Lovell, o vocalista, Ray Simms assume a guitarra, mas logo no primeiro ensaio, percebem que ele está enferrujado, a tocar mal e sem condições portanto, para suprir a função. Resolve-se então colocar um músico jovem para ocupar a vaga, e após vários testes, contratam o novato, Lucas Shand (interpretado por Hans Matheson). 

Daí, sucedem-se cenas tragicômicas a abordar a volta do Strange Fruit aos palcos, portanto, a constituir-se da parte mais interessante do filme, no tocante a mostrar a banda a enfrentar uma cena artística completamente diferente da sua realidade vivida nos anos setenta. O choque em ter que começar do patamar zero, como uma condição sine qua non a preparar a banda para o festival, talvez seja a melhor parte do filme. E assim, , é mostrado que eles tocam em espeluncas vazias; são maltratados por tribos modernas que os rejeitam como veteranos setentistas, são desdenhados por bandas "hypadas" e horrorosas, dessas que arvoram-se em torno de conceitos esdrúxulos e vazios  que não duram até o próximo verão. 

Por exemplo, no tocante ao fator em que não saber tocar um instrumento musical decentemente é valorizado como um trunfo em torno da suposta "atitude", amparado por discutíveis  estéticas modernas ou "modernosas", no sentido pejorativo do termo. Como se não bastassem as adversidades externas, há margem igualmente para que explodam ressentimentos antigos entre os membros, portanto, um substrato para alimentar a trama com conflitos etc.explodem ressentimentos antigos entre os membros etc. Além disso, também se acumulam pequenas vitórias, e como membros de uma boa banda setentista que são, culminam por interpretar tais fenômenos como "sinais" místicos que os levam para frente. Fãs jovens que nem eram nascidos nos anos setenta, aparecem para venerá-los e isso serve como estímulo para animar os veteranos músicos.
Sob uma virada da história, descobrem que o antigo guitarrista, Brian Lovell (interpretado por Bruce Robinson), não estava morto, mas recluso em uma clínica para recuperação de viciados em drogas. E ao final, a banda toca enfim no grande festival para uma plateia imensa e o guitarrista, Brian Lovell, aparece de surpresa para reunir-se com a banda, que se torna então um sexteto bem encorpado.
O diretor Brian Gibson (que assinou obras tais como: "Billion Dollar Bubble"; "Poltergeist II"; "Tina" etc), soube explorar em diversas sketches bem alinhavadas, um panorama divertido e comovente sobre uma banda veterana, a lutar para vencer adversidades anacrônicas, e sobretudo, frustrações pessoais alimentadas por homens de meia-idade, amargurados pelo fracasso pregresso. Além desse contraponto entre o drama e a comédia, o filme contém cenas belíssimas, plasticamente, também. 

Uma lembrança da banda ainda jovem, como se fosse um "promo" da época, remete ao Pink Floyd, da fase Syd Barrett. É linda a atmosfera psicodélica, nela contida.

Uma outra cena tragicômica é protagonizada pelo vocalista do Strange Fruit, deprimido por estar a completar cinquenta anos de idade, e após drogar-se, e sair pelas ruas para caminhar a esmo, em uma rua sob o frio intenso do inverno europeu, e nem perceber que mediante as suas pesadas botas de plataforma, tenha furado a camada de gelo de um lago e assim, sob um acidente patético, quase morre afogado. 

Por ocasião do lançamento do filme, em 1998, o ator, Bill Nighy, que interpretou o vocalista (Ray Simms), chegou a declarar que  inspirou-se no vocalista, David Coverdale, para compor o seu personagem. Rumores não confirmados, deram conta de que a banda Strange Fruit foi inspirada no Uriah Heep, banda britânica que foi fundada em 1968, e atravessa décadas em plena atividade (até os dias atuais, inclusive, 2012), incólume aos modismos, sem esmorecer. Outra cena emblemática, dá-se em meio a uma coletiva de imprensa, quando os jornalistas ali presentes, demonstram estar a buscar uma linha de perguntas desdenhosas para menosprezar a banda, por ser veterana e supostamente inapta a atuar em tal novo panorama do Rock. É forte a intervenção do jovem guitarrista, Luke Shand, que inconformado com aqueça linha capciosa ali adotada pela imprensa, faz um duro discurso a exortar os jornalistas a respeitar os seus colegas veteranos, a lembrar-lhes a trajetória pregressa admirável que eles possuíam.
É interessante e sintomático que o jovem em questão, demonstrou deter tal noção e a denotar que se orgulhava em estar a atuar nessa banda ao lado de ´músicos experientes, cujo valor ele sabia que eles possuíam. É a velha questão dos jornalistas tendenciosos; os caçadores de "hypes" que se portam sempre dispostos a arranhar a reputação alheia, por pura vaidade.


Ao longo do filme, várias referências Rockers são evocadas. Membros do Strange Fruit citam bandas setentistas com quem teriam tocado em ocasiões ocorridas naquela década. A trilha sonora é muito boa e o som do Strange Fruit, situa-se entre o psicodélico quase no limiar do Prog-Rock (lembra nesse aspecto, o trabalho de bandas como o "Procol Harum"; "The Move"; Atomic Rooster" etc), e o Hard Rock bem melódico do "Uriah Heep"; "Lucifer's Friend", "Bad Company" etc. 

É uma boa produção, inclusive na ambientação de shows ao vivo; fotografia, direção de arte, figurinos e muito bom elenco, formado por atores oriundos da boa safra britânica, dos anos noventa. É um bom filme para rir, com as boas piadas contidas no roteiro, mas também para emocionar-se, pois a parte do drama é igualmente bem desenvolvida. E serve para pensar nessa bobagem que certos jornalistas e críticos insistem em fomentar sobre o caráter "datado" deste ou daquele artista. Pois eis que eu aproveito esta resenha para afirmar que música é atemporal e só um quesito importa para conceder-lhe a imortalidade: se a obra, toca-lhe o coração! Pois se isso não acontece, ela perece, simples assim.

Sobre o elenco, ainda menciono as participações de: Rachel Stirling (como Clares Knowles), Helena Bergström (como Astrid Simms), Alphonsia Emmanuel (como Camille), Phil Daniels (como Neil Gaydon), Zoe Ball (como ela mesma e essa moça é uma personalidade da comunicação televisiva no Reino Unido), Frances Barber (como "Lady in Black"), Lee Williams (como Keith Lowell), e outros.
A trilha sonora, como eu já mencionei, é muito boa. Tanto que o CD a conter o repertório usado como a música do Strange Fruit, teve uma repercussão interessante, ao ponto de haver quem pensasse que tal banda fosse verdadeira. Destacam-se as canções: "The Flame Still Burns", "All Over the World", "Dirt Town", "Black Moon", "Scream Freedom", "Dangerous Things", "What Might Have Been" e "Stealin".
A crítica falou bem sobre o filme, em linhas gerais. Destacou-se a questão da sua boa exposição da temática proposta, conceito do qual eu concordo. Alguns jornalistas, no entanto, ao encarar o filme como uma mera comédia, compararam-no a outros filmes mais centrados nessa predisposição cômica para retratar os meandros de um grupo de Rock, tais como: "This is Spinal Tap" e "The Rutles". Por não tratar-se de uma comédia propriamente dita, como esses dois citados, mas a conter algumas pitadas (boas, por sinal), eu creio que a comparação é indevida, pois a intenção de "Still Crazy" não foi trilhar o caminho da comédia de uma forma deliberada, mas simplesmente buscar-se conter uma dose de humor inserida em seu contexto. Em seu âmago, o filme é muito mais um drama, a conter muitos predicados nesse sentido.
Foi destacada, igualmente, a boa atuação do ator, Bill Nighy, e nesse sentido, eu concordo, pois ele teve uma performance muito boa, de fato. De volta a citar a cena em que ele quase morre em um acidente lamentável, por ter sentido-se deprimido em atingir a idade cinquentenária, deu-lhe a oportunidade para brilhar, visto que a sua expressão em~não conseguir conter a sua frustração por ter atingido tal idade cronológica, revelou toda a questão da pressão exercida em atribuir ao Rock, a primazia de ser exercido por jovens, tão somente. No entanto, ao considerar que o Rock nasceu oficialmente nos anos cinquenta, é óbvio que enquanto instituição cultural, envelheceu com o passar do tempo e assim, tal como o Blues e o Jazz, também tornou-se passivo em ser exercido por pessoas mais velhas e não apenas pelos jovens, sob o ponto de vista cronológico. Talvez seja mais uma mensagem subliminar exercida por esse filme, portanto. Questão meramente paradigmática, se ninguém incomodar-se em assistir/ouvir um bluesman ou um jazzer, que seja um octogenário a apresentar-se e muito pelo contrário, existir nesse caso, claramente uma admiração explícita pela longevidade física de tais artistas, eu não vejo por que os artistas que militam no Rock, ou Rockers, simplesmente, também não possam envelhecer a atuar, criar e continuar a contribuir com o seu talento, até onde a sua saúde física e mental permitir-lhes.
Escrito por Dick Clemente e Ian La Frenais. Produzido por Amanda Marnot e dirigido por Brian Gibson. Foi lançado em outubro de 2008. Há por considerar-se que o ambiente no Reino Unido, por conta de seu lançamento foi favorável, visto que o movimento "Brit Pop", que existira em boa parte dos anos noventa, pautara-se por uma boa vontade em resgatar-se a sonoridade do Rock sessentista em essência, portanto, ao contrário da década de oitenta, em que o niilismo proposto pelas estéticas oriundas do Pós-Punk, ostentou, como pauta a hostilidade às estéticas sessenta/ setentistas, nessa fase dos anos noventa, houve uma simpatia explícita a pairar no ar. Não é o caso específico da proposta deste filme, pois o som do Strange Fruit diz respeito aos anos setenta, em tese, no entanto, como a atmosfera simpática aos anos sessenta tende a estender-se naturalmente à década posterior, por uma questão de lógica, creio que em seu bojo, foi um bom momento para que "Still Crazy" fosse lançado.
O filme teve uma boa figura nas salas de cinema, com uma bilheteria bastante razoável, à época de seu lançamento. Passou bastante, já no ano posterior, em canais de TV a cabo, e foi rapidamente lançado em formato DVD e com a sua trilha a cumprir uma boa figura como CD, como eu já havia mencionado. Em termos de Internet, é possível ser encontrado para assistir-se em portais tais como: Filmaffinity, TrackTV, Apple TV e outros. No YouTube, atualmente (2012), está mais difícil achá-lo na íntegra, porém, apenas em fragmentos.
Gosto muito desse filme, pois o assisti em uma época em que a sua mensagem reforçou muito a minha vontade de seguir a acreditar em minhas convicções pessoais dentro de meus esforços para prosseguir em minha carreira como músico. Foi um alento importante para que eu reafirmasse portanto, os meus ideais e mais do que isso, resgatasse a energia que eu tinha nos anos setenta, quando iniciei os meus esforços para tornar-me um músico e sobretudo um Rocker, completamente arrebatado pela força mágica do Rock das décadas de 1960 e 1970. Esse filme tem essa energia embutida e, portanto, para quem comunga dos ideais, eu recomendo que o assista.
Resenha publicada inicialmente no Blog do Juma, em 2011.

Posteriormente, esta resenha foi revista e aumentada para ser publicada no livro: "Luz; Câmera & Rock'n' Roll", em seu volume I, a partir da página 118.

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